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PÔR DO SOL

Bola de ouro amarela, tesouro,
Aos poucos laranja, seu sumo é no céu
E escorre e mancha o branco da nuvem,
Faz nela ferrugem, lembra a cor do mel.

Mistura com o azul, pouco a pouco o dourado,
Verte tudo em pétalas da mais rosa flor.
Sem saber se pro belo há significado,
A pupila dilata, segue a luz aonde for.

O piscar de relance perde a chance e não olha
De repente o amarelo que insiste e retorna,
Se une ao cenário com respingos já escuros
E, num pulo ao mar, é da noite seguro.

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