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FILOSOPOESIA

“Só sei que nada sei”, certa vez disse o pensador...
E tantas coisas são ditas, ditadora não serei!
O ditador a dor dita, e o que quero foge à vista...

“Você tem que se valorizar’, ouvi dizer o terapeuta.
E jamais antes quis dar atenção quando se amar era ser egoísta.
Mas, agora, vejo claro o brilho do meu anel sem me cegar...
E aponto sua luz pros próximos passos, da melhor forma, no solo dar.

“Ama ao teu próximo como a ti”, desta lição eu gostava...
Mas, indecisa e perdida de mim, o amor ao ser próprio me faltava!
Em movimento humanista, movo-me em translação e sou o centro...
O homem é tudo e tudo em sua essência é amar o outro pra sua existência!

Racionalismo e antropocentrismo...entenda-se bem o que foi descoberto.
Era só pra pensarmos sobre nós mesmos e não esquecermos os sentimentos...
Mesmo porque o sentir é instantâneo e não pautado em regras de fora...
Sua interiorização exige que a alma seja tocada e toque o que o amor explora...

Sou a favor do conhecimento profundo e faço meu eu objeto de estudo.
Quero clareza e sentido do agir para fazer acolhedor o lar que é esse mundo.
Busco ser centrada e não, o centro.
Sou o sol da minha força e tenho uma bússola na forma de lua.
O satélite natural da intuição é iluminado pelo saber que encontro na rua.
Caminho assim pelo espaço, entre astros que ascenderam depois de passar pela Terra.
Dou voltas em torno do outro e giro em torno de mim, faço simples adorno da ciência.
E tudo o mais: as nuvens, a chuva, o mar...estão em mim e sou deles parte...
Parto, assim, nas minhas viagens de sonho e santidade que, escondida, em todos arde.
Aprendi a ler na escola, mas lá não me deram os melhores livros...
Li a verdade em atos à sombra dos holofotes do poder descabido.
Tanta glória não cabe e não tem cabimento no entendimento do evoluído.
Artista, herói, líder de povos, andarilho em calçadas, o estranho e diferente!
Quem tem coragem e recusa a sorte imposta traz uma luz dentro da mente.

E questionar exige tolerância,
Amar exige generosidade,
Sorrir exige paz,
E não devo exigir nada de alguém.

Devo ao banco um papel inventado.
Devo a mim mesma serenidade, esperança e alegria.
Devo aos demais respeito e autenticidade.
Devo tentar o impossível e aceitar a maldade.
Só sei que nada sei, e tudo saber não é a pretensão.
Aprenderei mesmo com quem não quer saber,
Pois a vida é infinita enquanto lição.

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