MAU-HUMOR
Há dias em que não sei bem o que é o bem,
Nem sou bem de ninguém,
Sinto-me nascida pro mal versar sobre a vida e as flores...
Dia seguinte, acordo com ressaca e dor das cabeçadas que dei,
Choro pelo que foi, vou pelo que chorei.
E não chego a lugar algum que não o naufrágio da culpa.
Rôo as unhas, fazendo o ruído ridículo de riscos de giz.
Irrito e imito o mito do ódio que um dia provei.
Sou assim, humana na manada,
Emanada do sopro dos grandes deuses das guerras.
Quiçá um dia volte o pajé com seu arco-íris pós-chuvas
E traga de volta a honra como disputa na guerra!
Por que o homem matava pelas matas?
Para defender seu povo e sua terra...
Hoje a terra ainda dá em morte,
Dando transgênico e medicamento forte...
Nas montanhas já não há brilho,
Das selvas, fez-se um buraco...
E o espaço entre arbustos não é maior que entre as pessoas.
Sempre sonhei morrer dormindo, morte tranqüila seria essa.
Para o índio, o sono é vergonha de quem foge à luta...
Hoje sou mais brava que quando era criança.
Antes não existia não e as batalhas só estavam nos livros.
As páginas se amarelaram e o guerreiro foi perdendo a força,
Foi deixando o que tinha de melhor e se despiu da pele vermelha para vestir marcas.
Marcas de arma ou de roupa?
Que importa? São vestes da mesma agressão.
O caminho rumou para o inverso do que era,
e agora sou eu quem se vê morrendo entre flechas...
cada uma delas indicando uma direção.
É como me afasto do alvo a cada passo dado sobre a grama.
Estou de mal com vida
Quando faço mal o que devia...
E não faz bem a violência
Quando bem dirige a crença...
Todo mundo é bem-vindo ao mal!
Espera que o bem vem vindo...
Há dias em que não sei bem o que é o bem,
Nem sou bem de ninguém,
Sinto-me nascida pro mal versar sobre a vida e as flores...
Dia seguinte, acordo com ressaca e dor das cabeçadas que dei,
Choro pelo que foi, vou pelo que chorei.
E não chego a lugar algum que não o naufrágio da culpa.
Rôo as unhas, fazendo o ruído ridículo de riscos de giz.
Irrito e imito o mito do ódio que um dia provei.
Sou assim, humana na manada,
Emanada do sopro dos grandes deuses das guerras.
Quiçá um dia volte o pajé com seu arco-íris pós-chuvas
E traga de volta a honra como disputa na guerra!
Por que o homem matava pelas matas?
Para defender seu povo e sua terra...
Hoje a terra ainda dá em morte,
Dando transgênico e medicamento forte...
Nas montanhas já não há brilho,
Das selvas, fez-se um buraco...
E o espaço entre arbustos não é maior que entre as pessoas.
Sempre sonhei morrer dormindo, morte tranqüila seria essa.
Para o índio, o sono é vergonha de quem foge à luta...
Hoje sou mais brava que quando era criança.
Antes não existia não e as batalhas só estavam nos livros.
As páginas se amarelaram e o guerreiro foi perdendo a força,
Foi deixando o que tinha de melhor e se despiu da pele vermelha para vestir marcas.
Marcas de arma ou de roupa?
Que importa? São vestes da mesma agressão.
O caminho rumou para o inverso do que era,
e agora sou eu quem se vê morrendo entre flechas...
cada uma delas indicando uma direção.
É como me afasto do alvo a cada passo dado sobre a grama.
Estou de mal com vida
Quando faço mal o que devia...
E não faz bem a violência
Quando bem dirige a crença...
Todo mundo é bem-vindo ao mal!
Espera que o bem vem vindo...
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