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CONGESTIONAMENTO

Meus problemas são só parte do que parte de mim
E me partem mesmo assim,
Sem que eu os deixe partir...

Enquanto isso, o mundo à parte se reparte
Dou partida e abro a porta de mim
Mas, o espírito, mesmo perto de sair,
Aperta-se e aporta no fim.

Medo...quem não tem?
Fraqueza...quem tem aí?
Solidão é um sólido grande que passa por cima da solução.

Desprendimento...sempre quis!
Liberdade...você quer também?
Duro é partir de parte alguma,
Quero sumir e ter pra onde voltar!

Indivíduo, em verdade, é coletívuo?
Quis conhecer tudo e todos,
Cuidar das outros e ser cuidada...
Mas fui mesmo descuidada quando esqueci de me cuidar!

Equilíbrio? É coisa do circo, não para mim!
Serenidade? É quando o céu está esfumaçado e não sei ver o que há por trás!
Fé? Vou fazer uma no jogo, que é de sorte que tudo se vence!

Tanto tenho que aprender para não ficar assim partida,
Logo na partida, perdida e sem rumo, não sou a única a ficar para trás...
Na pista com destino à felicidade há sinalização?
Só vejo placas de anúncio e não há fiscalização!

Corpos seguidos formam tráfego insuportável para a alma
Corpos colidem e formam tráfico ilegal da calma
Tenho um semáforo no coração
Ele pulsa cores e confunde a visão

A partida é chegada!
A partida já é a chegada!

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