AUTO-ENTREVISTA
Acordei e me vi presa numa corda
E entrelaçada assim, entreguei-me ao pensar...
Entre conviver e viver com alguém,
Entre pôr-me em ser e impor meu ser,
Entre seguir rumo a planos ou seguir planos como um rumo...
Entre fazer arte e deixar que a arte me faça...
Às vezes me perco no fluxo de dias e idéias...
E me aproximo da morte sem ruga de temor do fim!
Quero me conservar em risos e marcas de expressão,
Mas, há o que fica entre o sonho e o real a me acordaçar...
Tenho simpatia pelos loucos e alienados que optaram por um lado só.
Mas, continuo entremeada pela vontade de lutar...
Entrar num entrevero nunca foi meu forte,
Só tento não fugir dos entraves, ainda que entristecida...
E intrigada colho os trigos no campo da lida,
Pelo entender intuitivo que vem do entreolhar.
Estou na bordinha do mundo, no limite geográfico que a realidade alcança...
Entre cair e ficar, descobri, não há dúvida...
Ao menos essa pergunta se responde com o não duvidar!
Entrevistada constantemente pela vida,
Busquei na alma a voz de verdade ou mentira que me faz cair e levantar.
A existência não é feita entre fatores, mas dentro dos seus atores.
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