e me despisse da pele de mulher,
dos cabelos perfumados de fêmea,
dos quadris com gordura de parideira,
Se deixasse exposto,
arrancado para fora dos peitos feitos para dar leite,
o sangue leitoso das minhas vértebras, que pulsam,
e são capazes de feder ao simples tropeço,
frente ao carro acelerado que atravessa a rua,
Se assim eu me mostrasse, como sou,
falível, podre,
feia e viva por dentro, tal qual todos...
Sei, pode ser, ninguém me notasse,
ou me desviassem,
como deixo de ver muita coisa desagradável
aos olhos, mesmo o que está em mim.
Olhos de gente são viciados,
querem o gosto do transe fácil
que vem da transa ou do trago.
Eu tranço dores que trago comigo
e não quero dividi-las,
mas, procuro quem veja além do que exponho,
sem saber ser diferente, enquanto diferencio
o que me faz ser do que alegra.
1 comentários:
eram palavras mais construtivas,
mas esse teclado do pc de vcs as apagaram ... >.<
portanto fica meu Oi.
Estive aqui.
;x
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