era a alma que se retorcia.
Vassoura em punho,
pensava em se varrer com a poeira.
O sol a pino, a pia no sabão,
O piar dos pingos com espuma
eram piano a tocar choro.
E essa canção ela bem conhecia,
e cantava por dentro,
limpando um tédio escuro,
Preto como sua mão e o céu
na hora de ir embora.
Não queria alvejante
pra cor negra que causava, limpa.
Embora branqueasse roupas e piso,
pisada na autoestima.
Precisava sim da luz sem manchas
do sol de domingo.
A cozinha suja de feijão,
a cerveja gelada,
as unhas de novo pintadas,
E o esfregão do peito de Zé,
na roda de samba,
a lhe roçar, lavada.
2 comentários:
ainda está para ser inventado um produto que limpa os olhos dos medos que se têm.
bió.!
Mugs! Obrigada pelo recado cheio de poesia :) beijos!
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