é raio X do meu sonho.
O que sonho
foge ao foco da visão.
Da janela do olho,
minh 'alma mira sem ser mirada
e é morada de um filtro adormecido.
Cores demais embaçam a vista.
Preciso do breu esclarecedor,
da luz que enxergo
com vendas nos glóbulos oculares
e lentes nos glóbulos do sangue.
O que vejo
me alveja.
O que pulso
me impulsiona.
Veja que lindo o vulto negro dos meus pensamentos silenciosos!
Ouça meu tato, toque a moldura dos meus óculos,
e deixe que, de olhar cerrado, eu crie sua imagem.
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