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GAZA EM GAZES

Com a palavra, o poderoso:

- No cômodo apertado da Terra,
Por comodismo, não quis ouvir quem divergisse.

E, com a vassoura em punho, apunhalei mil seres
inferiores que me impediam de alcançar desejos.

Sou rodeado de baratas humanas, e o barato humano
agora é detestar detetizando.

É cara a firmeza, embora seja para a promoção da segurança do mundo.
Sou seguro ao não querer sofrer a ameaça de qualquer mudança em tudo.

Com o zumbido, o inferior:

- Eu sou uma vida barata,
Minha mão calejada vale alguns centavos.
Meu sangue pode cair por terra, se não caírem as bolsas.
Minha família é morta, ou morre se nada come.

Enquanto, estranho e aceito,
o fato de que o alimento do mundo é o chumbo!

Ando chumbado, detonado, e arrasado...
perdi as orelhas que ouviam insultos.
Mas, mantive a boca pra maldizer o malfeitor.

E me deito muito antes de relaxar a dor.
Por que agora já não dou a outra face.
Cresci e me alimentei de todo o ódio imaginável.

Virei gigante em espírito histórico,
sem pele e de ossos perdidos em solo arenoso.

O alimento que me resta é também chumbo!

- De canhões e dólares sobrevive a vingança das baratas...

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