ou o tendo não sei usar.
Esse tal tesouro que foi perseguido por Mutantes,
está em tudo e, ao mesmo tempo, nada.
De antigos festivais, talvez sejamos rivais,
adulando velhos ídolos que trocamos de lugar,
para suplantar a falta de noção de onde se está.
Já não há Ditadura,
duro é o dito de que não há mais vilões.
Porque talvez eles nunca tenham existido,
mas apenas se arrastado sobre outras existências.
Sou opressora de mim
e uso um cárcere de carne.
Não consegui sair para ver-me em outros corpos.
A isso, aguardo a morte.
Aluísio Palhano Pedreira Ferreira desapareceu em 1971.
Sindicalista, conheceu Cuba na época do exílio.
Quando soube, desejei que fosse meu parente.
Pois, também trago Ferreira e de heroísmo sou carente.
No fim,
no passado,
no irrecuperável.
No nada minha joia sem uso reluz.
E não se pode dizer seu nome
sem antes empunhar algo que atire.
Vi o show do Rei da Jovem Guarda
com a emoção de um documentário da guerra.
Pra não dizer que não falei das flores,
cantei com lágrimas brotadas da terra.
Acho que sei onde está o bem tão buscado,
liso,
frágil,
raro,
e permeável.
Talvez o aproveite exatamente agora,
em momento do qual já sinto saudade.
Pois, logo ele vai,
sem que tirano o tire do ar que todos respiram.
Sem passaporte ou porte de armas,
sempre solto, alheio a avisos sobre a volta,
o bem valioso
é a liberdade subutilizada.
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